sexta-feira, 25 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
A vaca e o jumento
Mimosa não era uma simples vaca, como as outras. Ela não gostava de capim, só comia ortiga e cogumélos silvesters, pra ficar alucinada e com a língua dormente. Com a língua dormente ela fazia loucuras...os meninos da fazenda adoravam! Esse negócio de lamber sal também não era pra Mimosa: ela só queria lamber soda cáustica, pra ficar com o leite adulterado e trabalhar pra Parmalat. Entre um pulo de cerca e um agrado nos meninos, Mimosa conheceu o jumento Tonhão e logo se apaixonou. É, eu esqueci de dizer que ela também não curtia sexo com touros. Afinal, Tonhão era um jumento, e vocês sabem a fama de jumento né? Então, Mimosa concentrou toda sua gana e foi pra cima do Tonhão, que nem lhe dava bola. Ela usava de todas as artimanhas femininas: fez charminho, dançou o créu e se pintou de loira. Mas nada deu certo, Tonhão era mesmo um burro!
A tristeza pelo amor não correspondido fez de Mimosa uma vaca triste, derpimida. Não demorou para que Mimosa virasse emo. Na noite de ontem, Mimosa resolveu dar cabo à sua triste vida, fugindo do pasto e se jogando na frente de um carro, numa estrada nos bucólicos arredores de Castanhal. Testemunhas dizem que suas últimas, melancólicas e agonizantes palavras foram “Muuuu, muuuu, moooon!”. Pra falar uma coisa dessas, só estando muito triste, realmente. Foi uma verdadeira tragédia, que a câmera onipresente do Linhas Tortas registrou com exlusividade:
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Cegueira no cinema
Este é o trailer de Blindness, filme dirigido por Fernando Meirelles, com lançamento previsto para setembro. O roteiro é baseado no romance Ensaio sobre a cegueira, do escritor português José Saramago - meu ídolo, diga-se de passagem. Sei que isso não quer dizer muita coisa: eu já fui fã de Claudinho e Buchecha. Mas enfim..
No Ensaio, Saramago conta a estória de uma praga que assola uma uma cidade. Aos poucos, as pessoas ficam cegas de uma "treva branca": o excesso de luz (simbolizando a razão ilumiunista) causa cegueira. Homens e mulheres vivem a barbárie e paradoxalmente, resgatam sentimentos de fraternidade que o mundo das luzes não deixava transparecer. Vale lembrar que, nesta obra, Saramago não dá nome aos personagens, o que é seguido no filme.
Elenco: Julianne Moore, Gael García Bernal, Mark Rufallo, Danny Glover e Alice Braga.
Trilha Sonora: Maestro Marco Antonio Guimarães, Uakti
"Do que estão os cegos da cidade à espera, não se sabe, estariam à espera da cura se ainda acreditassem nela, mas essa esperanca perderam-na quando se tornou público que a cegueira não tinha poupado ninguém, que não ficara uma única vista sã para olhar..."
Ensaio sobre a cegueira (1995) , página 231.
sábado, 12 de abril de 2008
Jornalismo imparcial...
Um exemplo...a não ser seguido! Que droga de manchete! Onde está o exame toxicológico provando que os "jovens perdidos" estavam " totalmente emaconhados"? Queima senhor, queima este jornal universalmente ridículo! "Fear of the Macedo!"
Zé Augusto
Zé Augusto
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Enquanto isso, no país das contradições: Vale x MST
Em Parauapebas, o clima é tenso entre o MST e a Vale. Integrantes do Movimento ameaçam ocupar novamente a Estrada de Ferro Carajás, uma das manifestações do chamado “abril vermelho”. Leia abaixo a nota de repúdio ao MST divulgada pela Vale:
Sinceramente, não entendo como a Vale pode alegar, em auto defesa, que qualquer pessoa ou movimento social desrespeite o Estado de Direito. A Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce) que, em 1997, foi leiloada por R$ 3,3 bilhões. Para se ter uma idéia, ao lucro líquido da empresa, obtido no segundo trimestre de 2005 foi de R$ 3,5 bi. A Vale, que foi beneficiada pela vergonhosa e extinta Lei Kandir, que isentava as empresas que explorassem produtos primários e/ou industrializados semi-elaborados – como o minério de ferro, da Vale – do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A Vale, que "paga pouquíssimo imposto, e acumúla uma dívida social muito grande com o povo pobre da região (de Parauapebas)", como afirmou o Senador José Nery, PSOL -Pa. "A Vale registra lucors fabulosos e tem, por isso, condições de oferecerum tratamento mais condígno à população. Uma companhia tão poderosa não pode se considerar um oásis, preocupando-se apenas com o lucro e sem assumir compromissos com a distribuição de benefícios sociais", acrescenta o Senador.
O Linhas Tortas apóia o direito universal de manifestação, que todos os movimentos sociais e cidadãos de bem possuem.
Zé Augusto
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Paraense mostra tudo e causa alvoroço nas Filipinas
Ela não leu "O Pequeno Príncipe" nem "O Código da Vinci", mas foi Miss Brasil Globo, Miss Globo Internacional e Miss Terra. Foi 2ª Princesa do carnaval paraense no concurso "Rainha das Rainhas " em 2006, representando o Clube dos Médicos. Agora, a paraense Priscilla Meirelles, 24 anos, nascida em Icoaraci, encara seu maior desafio: enfrentar os setores ultraconservadores católicos da República das Filipinas, na Ásia. Tudo isso porque a morena é nada menos do que a capa da primeira "Playboy" filipina.
A nudez de Priscilla gerou uma onda de protestos na última quarta-feira na capital do país, Manila. As manifestações levaram o editor Beting Dolor a declarar que 'vai procurar evitar nus frontais'. A edição do país será um "meio-termo" entre a mais liberal, dos Estados Unidos, e a mais comportada, da Indonésia.
Fontes afirmam que Priscilla mandou muitíssimo bem e não há motivo para tanto alvoroço. "Quem protestou contra a revista certamente não viu a publicação", afirmou um comentarista de Tv local. E ainda tem gente que acha que Icoaraci não tem belezas naturais... Como diria o impagável Deputado Federal Wladmir Costa, "Não existe mulher feia no Pará!".
A bela Priscilla, que atualmente reside em Manila, nas Filipinas, não se manifestou oficialmente sobre o assunto, mas sua família garante que ela vai muito bem, obrigado. Enquanto os conservadores reclamam, confira aqui no "Linhas Tortas" o perfil da Icoaraciense da discórdia:
Perfil
Nome: Priscilla Meirelles de Almeida
Data nascimento: 05/09/1983
Mãe: Maria Meirelles
Pai: Luiz Cláudio Almeida
Cidade natal: Belém (Icoaraci)
Altura: 1,77
Peso: 62
Coreógrafo: Cristina Lobato
Estilista: Carlos Amílcar
Escolaridade: Cursava Medicina, em Manaus. Agora é modelo, nas Filipinas
Títulos: Nove títulos, entre os principais, Beleza do Brasil 2004, Miss Terra Internacional, também em 2004
Hobbyes: Ler e ver filmes
Ídolo: Deus e a mãe
Filme: 'Uma linda mulher'
Estilo musical: MPB
Cantor ou banda: Djavan
Música preferida: 'Oceano' e 'Bem que se quis'
Time: Torce apenas para a Seleção Brasileira
Nota dos Editores: Ela gosta de Djavan... hum, mas quem se importa???
Por Rodrigo Cruz
Minha primeira brochada (eu nunca esqueci)
A promessa foi feita ao pé do ouvido: "Daqui a uma semana eu te dou, pode me cobrar". Eu, ainda garoto, falava a respeito do assunto todos os dias. Fiquei ansioso, roí todas as unhas enquanto aguardava o prometido. Ela, madura, apenas sorria. Pediu-me segredo, disse que era para eu não contar para ninguém o que estava para acontecer. Havia a possibilidade dos outros garotos a pedirem também e assim, fazê-la desistir.
E como já havia chegado bem perto de realizar aquele antigo sonho, resolvi escutá-la. Apesar de gordinho, não tinha força suficiente para ganhar na disputa com os mais velhos. Iria matar aquela vontade de outra forma, agora sem nenhum esforço físico. Pela força seria impossível, foi preciso usar a inteligência. Precisei apenas fazer cara de pedinte e ela se compadeceu. O clima era de expectativa era de ambas as partes.
Um amigo perguntou-me o que estava para acontecer, pois me via muito agitado. Eu tentava disfarçar e desconversava. Na noite anterior virava de um lado para o outro na cama. Ficava pensando como seria, o que precisava fazer, falar. Estava com muita vontade, mas também com bastante medo. Por mais que eu tentasse, era impossível não pensar constantemente naquilo. Acordei antes do horário – para surpresa da minha mãe – e me arrumei. Fiz questão de colocar a blusa mais nova que tinha no armário. Quando cheguei ao colégio, a professora se aproximou, abriu a bolsa e retirou o broche que era dado para o melhor aluno da sala. Os amigos olhavam espantados, não esperavam que aquele aluno tão bagunceiro ganhasse aquele título. Dei um forte abraço na professora e agradeci. Não via a hora de chegar em casa para contar a todos como havia sido a primeira brochada da minha vida.
por Jorge Oscar
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